Que o dia seja claro e transparente
Preciso de saber viver
Integrar-me na vida que não se explica
E deixar as viagens interiores
Aos universos penumbrosos.
II
Sei que a vida é
Inusitada e impertinente
Luminosa e obscura
Um poço de contradições.
III
Vou dar luz
Ao meu corpo de afectos
Interiorizado de poética
Dançando metáforas
Paisajando emoções e sensações
Entre o vapor que passa
De nuvens pesadas e leves
Vivendo em plenitude o instante
Deixar o que partiu
E o que ainda não veio
Entregar-me e render-me
Sem juízos, nem resistências.
SERÁ QUE ME DEIXAM?