entrego-me ao duelo entre
quente e frio
e neste fato, quando
vem tempestade
antes qu'esta irrompa
- quando ainda é só uma
ponta de promessa no
horizonte -
sinto antecipado
cheiro da tormenta
dilatando-me em farpas
elétricas abreviando
contorções.
corro e escancaro janelas
nublando olhos nas furiosas
camadas que se aproximam
rolando no céu
[entrego-me]
o peito e semblante
submetidos à surra do vento
com o ribombar dos trovões
trepidando meus pés
sintonizados com o chão;
sinto... e arfo
- como
em galope buscando êxtase.
e quando a face se expõe às árvores incandescentes ramificadas no céu; convulsiono enlouquecida segurando
um grito alucinado
pela energética interação
com o descarrego natural;
aguçante da paixão que
vulcaniza secretamente
no imo mas perde a força por
medo de fustigar mundos
de fora e não poder ofertar
bonança; após...
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
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Re: tempestade
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