Luso-Poemas
 
Poemas : 

,os aljôfares esvoaçam repetidamente para longe

 
.
.
.
.
.
.
...............................
*******************************

,é pela madrugada que as palavras se vestem,
assim que adormecem os jasmins prateados,
e tudo recomeça,

renovações dir-me-ias.

,o mar não tem as curvas como a estrada que começa,

possivelmente nem o amar,
nunca me disseste,

nem que a rota dos olhares trocados,

anunciava partidas tantas vezes proteladas pela ansiedade
das memórias desmemoriadas,

e,

se um dia me perdesse pelos labirintos do apogeu distante,
incertezas,

os ventos me guiariam pelas margens,
adentro promontórios vazios, avistando os teus luzeiros ainda acessos,

,incandescentes, aguardando-me.

,hoje ser-me-ia apenas o sorriso teu, algures,

por não querer viver intensamente esta vida
feita fado, jamais se espraiando pelos areais distantes
onde um dia apenas segui pegadas sem retorno.

,e disfarço-me sempre,
pelas tempestades apressadas sem silêncios, ribombando
nos espaços vazios,
tempo infestado dos nevoeiros meus.

Afinal, sempre o soube,
[ficou a face clara da lua pelo zénite].

,os aljôfares esvoaçam repetidamente para longe
[repetindo-te].



(Ricardo Pocinho)


Nota:
Aljôfares-
1 – Pérolas miúdas
2 – Orvalho, lágrimas (linguagem poética)

"Floriram por engano as rosas bravas
No inverno:veio o vento desfolha las..."
(Camilo Pessanha)

http://ricardopocinho.blogspot.com/
ricardopocinho@hotmail.com

 
Autor
Transversal
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
1048
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
12 pontos
4
0
1
Recentes
onde nasce o mar
o outro
coisas
agora?
depois
Aleatórios
[ … e quando me morro contorce-se o cansaço
e, se não houverem mais palavras?
Logo aparece o mar em revolta as mortes sucessivas (minhas) as sombras que se reproduzem como pedras soltas
[florescem ondas desordenadas sob teus passos arrefecendo vulcões pela limpidez das águas]
. entreabre-se ígneo
Favoritos
Nonnalice, é teu o dia Mundial da Poesia
rasgue as vestes num pano de guardar silencio
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 17/10/2013 22:04  Atualizado: 17/10/2013 22:04
Colaborador
Usuário desde: 03/11/2007
Localidade: Campos do Jordão SP BR
Mensagens: 4838
 Re: ,os aljôfares esvoaçam repetidamente para longe
Passei, li, gostei e estou enviando aplausos!

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 18/10/2013 01:00  Atualizado: 18/10/2013 01:00
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18993
 Re: ,os aljôfares esvoaçam repetidamente para longe
a tempestade que precede um silencio...
perfeito. bjs e obrigada

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/10/2013 01:51  Atualizado: 18/10/2013 01:51
 Re: ,os aljôfares esvoaçam repetidamente para longe
assim percebem os notívagos, sou um deles, e é quando mais os meus sonhos se revelam; quando vagueio sob o sereno da madrugada, me acho em poema, achando a minha poesia na alvorada...
aquele abraçaço bem caRIOca, ao amigo e poeta Ricardo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/10/2013 04:43  Atualizado: 20/10/2013 04:43
 Re: ,os aljôfares esvoaçam repetidamente para longe
Senti-o, como meu, e minha ama sorriu, que perfeito, amei, amei, amei.Obrigada poeta do sol. Beijos

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre