quando chove tudo estranha
a água trota, o vidro chora
o rio ganha a margem
peixes fazem malas
ensaiando evolução
quando chove portas fecham
abrem alas os lençóis
os barcos lançam redes
abrem olhos os faróis
quando chove e tem trovão
o céu que é cinza e receio
ri das moças que de susto
levam as mãos até o seio