Quantas lagrimas terei de derramar
Para a minha alma lavar
Aqui espojado neste chão
Aguardando a clemencia do teu perdão
Sei que dei alento ao verbo atraiçoar
Mas não sabia a quem amar
Fiquei confuso no momento
Não sabia mesmo o que dizer o que falar
Era parecida contigo, tinha todos os ideais
Pareciam momentos irreais
Pois nunca ninguém te será igual
Foi apenas a fraqueza que fez parecer tal
E depois que a fútil ilusão passou
O meu coração de novo acordou
Procurei-te para pedir teu perdão
Furiosa tinhas partido e com muita razão
Voei para parar o teu avião
Lembrar-te de novo da nossa canção
E ao ver-te ao longe tão desalentada
Quase desisti, nunca quis que ficasses magoada
Mas o amor que sinto em mim
Terá este triste fim?
Terei de ti abdicar?
Não, o meu mundo não vai parar
Ergo a cabeça pensando enfim
Não é este o nosso fim
Agarro em tuas mãos frias
Fazendo-lhe festas e pequenas avarias
Com esforço lá olhas por fim
O teu rosto molhado por mim
E eu apenas sorrio
Dou-te o meu casaco pois está frio
Vejo ainda no teu rosto aquele olhar
Que tudo faz parar
que me deixa assim sem jeito
a tremer as pernas e acelerado o meu peito
Quantas lágrimas derramei
E a minha alma lavei
Dei-te o meu coração
E a chave dele, está na tua mão