Não há vivenda como esta morada
entre cruzes, flores, velas ardentes.
Aqui sou olvidado, silêncio é tanto
não tremo com espantos aparentes.
Vim entre lágrimas, doeu-me o peito,
ao deixarem-me só neste jazigo,
entre incensos e orações; inimigos
não tenho e vejo o mundo lá fora.
Batalha vã, que um dia derrotado,
viu-me abatido, porém persistente,
rubro sangue inda correr nestas veias.
Ostentando no arcabouço do tronco
gravado ali o signo do maldito
que nunca teria repouso eterno l