Sonhinventei-te num dia de solchuva desmolhando cantocéus de esperança – as temporais brumas eram já iniciasóis de líber idade tenra e doce, depois do extra e ido cascobtuso.
Invensonhei-te, sim, numa primaverilidade de cravermelhos simbolizando sangue novo, cantochãos significando fé, vozaltas gritando povunido.
E foi tanto o tempoverão corviva, e foi tanto o semeio e o fim, o revolvimento e a delavra, que a vindimação se fez em aturdidaindas lendas e procuranças.
Do esperanço ao ranço, 40 desandados anos recozeram mãos, recoseram bocas: e a morraça é vício de ebridesesperos, e a mordaça morde as bocamortas rubras... que em vias de involução, sangram raivorosas.
Precura-se ainda a revosolução da Palavra “Revolução”: e nem inventejando, já se topam cravos para pregar aos peixes, uns contorréis para mercar greis novas - só groleis de politísicos para cumprimentir mandamentos.
Teresa Teixeira