Estava lá em meu divã
Vendo e revendo
Nuvensserenas que vão e vem
Com mensagens
Prun novo dia feliz
Quem bom
O sereno da noite chegando
Passaros se aninhando
deixando ao pé da serra
Ares com histórias de adivinhações
Com cara de sossego e preguiça
Onde a realidade some com o tempo
No horizonte
Se escondendo do dia feito passarinho
No caminho do ninho
Onde antes tudo era frenesi
Tudo agora devagarinho se move
Boiada inteira caminha devagar
Pra manga
Num preguiçoso sumir no horizonte
Sem nem precisar de aboio
O astro rei
Não se dá de conta
Que reinara o dia inteiro
No Lentamente some no horizonte
No terreiro
Apenas o alvoroço e confusão de galinhas
Subindo ao poleiro
Dando sinais dos últimos ruídos no pingo de dia
Que teimava em não cair a ficha
Enquanto gente do povo
Alegra-se em rodas de conversas
Arruma-se no alpendre pra falar dos sonhos
Das flores que murcharam
Ao calor do tempo
Hora pra falar do medo do bicho0 papão
Do lobisomem namorador de donzelas
E do beijo da raposa no prato de pinga
O pouso da garça boiadeira solenemente anuncia
O doce cair da tarde
Vê-se que a vida procura o silencio
Um ventinho fresco e manso
Vem do céu
Como quem nada quer
Como quem a dizer
Pra que mais viver de com agito
Agora
Velhas folhas tristes do outono
Forram a cama da estrada
Enquanto a calmaria
Do sono
Da ouvidos aos grilos soturnos da noite
Saudando o sono
Do nosso dormir
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...