a melodia que me circula
vem do lamento d'um sax
que o vento traz.
o som distante escapado
da fresta d'alguma janela
quiçá de praça ou
beco frio aquecido por
solitário interlúdio.
alcançou me manso
delineando audição
cobrindo momento
crepitado de solidão
estalando saudades
revestidas de poesia
enevoada e distorcida
por mente embotada
de vinho.
momento similando
outro embalado por sonata
em noite nublada
incendiada no provo
vermelho adocicado
audaciando voejos
de amor bêbado,
neste,
sinto a melodia
esfaquear todos os
cômodos e tão só e
sóbria faço um brinde;
tim, tim
só pra mim
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.