Espelho
Quando olho no espelho é um desespero
Por refletir nos olhos tantos janeiros
Neste momento eu recordo com saudade
E dos meus olhos começa a cair o pranto
Com um misto de tristeza e de desencanto
Por recordar a longínqua e doce mocidade
A minha vida teve um passado tão risonho
Que ao lembrar parece que foi um sonho
Mas que agora chegou o meu despertar
De um passado que foi lindo em minha vida
Mas que com o tempo se abriu uma ferida
Que na velhice é mais difícil de fechar
Agora noto que só falta à minha sorte
A indesejada e tão cruel a fria morte
E quando a dona da foice vier me buscar
Na minha campa eu só quero ser lembrado
Jaz um amigo que viveu muito entediado
Mas que na morte só espera descansar
jmd/Maringá, 10.10.13
verde
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