Não me procures
na imensidade de um mar opaco
povoado de palavras metamorfoseadas,
no arrolado
no inscrito e prescrito
dos silêncios flagelados - tão cavados e profundos -,
por onde tripudiam astros vacilados, moribundos,
(os que, por temor, por recuo ou descoragem
sentenciaste a masmorras, no expatrio de amaragem)…
[era então coragem…]
Não, não me procures,
no sânscrito pelágico de sombras,
ou em silhuetas d’obscuridades em que me julgas
- que mais não sou que transparência de luz,
Paz que tomba calmamente orvalhada,
e te beija morna, a pele da boca.
Procura-me, amado,
no beijo que te deixo em peito aberto
num laço macio e inextinguível de ternura e d'afecto.
Procura-me ainda
no silêncio lavado deste grito
de fome mendigada em ti, que ai oculta habito….
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A todos deixo os meus sinceros VOTOS DE UM EXCELENTE 2008. De paz!
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