Deixamos sempre para amanhã
Pra dizer o que a gente sente
A morte é como um ladrão que não bate na porta
E pode te surpreender de repente
E fica aquela nítida impressão
De que você não o amou o suficiente
Juras de amor na beira de um caixão
Para um cadáver frio e indiferente
Velas, orquídeas, velório e cravos
Pessoas a chorar
É nesse cenário temido e triste
Que você deseja se declarar?
A morte é um expresso indesejado
Infelizmente não adianta mais
É uma viagem sombria e obrigatória
Que nunca volta para atrás
E a culpa vai te corroer
Como um câncer maligno
Que vai te devorar aos poucos por dentro
Te transformando num morto vivo
Não cometa esse erro
Tem coisas que podem ser consertadas
Fale o que tem de ser dito agora
Pra amanhã não se afogar em lágrimas
Diga eu te amo
Mesmo que você ouça um simples eu também
Durma um sono tranquilo e sereno
Sabendo que sua parte você fez!
Samuel
09/10/2013