Vejo-te longe como miragem
Afago ventos alísios como se pudesse te tocar
Fecho os olhos com medo de encarar
E vejo seu rosto a me olhar
Sem perceber uma tristeza me invade
Corrompe qualquer fortaleza com esse ciclone
Despedaço-me abrindo os olhos
Mareados pela poeira do deserto que sobrou
Fecho novamente os olhos tentando recuperá-la
Mas você se foi com a mudança do sol
A miragem era real e a lua domina tudo
Num terço do tempo do que realmente restou
Apenas sobrou um vazio que toco
Sem tocar em nada.
Oh ego Laevus!