Riacho que nasce na cordilheira
Desce ágil, como sereia serpenteia
Abri sulcos em seus caminhos
Desliza veloz, como ave, a fugir do ninho
Queda abrupta desaba ferozmente
Formando maravilhosa cachoeira
Em borbulhantes
Espumas de branca cor
Agora deixa de ser sereia
Se ave fosse, seria um condor
Defluindo em amor
Fim da queda, ele descansa
Segue em frente sua jornada
Correm livre suaves águas mansas
Águas límpidas e cristalinas
Mas quando chega a tempestade
O que era bom vira maldade
Enfurece-se em desafio
Arranca rochas, ruge sombrio
Como a dizer, aqui estou eu!
O tempo passa e finalmente
Com as correntes não tão fortes
Não como nasceu, chega docemente
Ao seu destino. . .
. . .o lago da morte.
Alexandre