A saudade reclama em nosso peito,
Cortando tal lâmina a plangente alma,
Esta dor que nos domina e não acalma
Não crer e refuta tão rápida a despedida.
Nossos olhos o procuram, não estão refeitos,
A poesia dormita, ainda, sem tua ausência,
Reclamam o bentivi e asa branca em clemência
Ao despontar da aurora a canção já ferida.
O cordel não aceita do poeta a partida,
Rasga as vestes que envolviam a folha
Não há mão serena que hoje o acolha,
Onde havia em tão remoto passado.
O grito do defensor do cordel 'sta calado,
O corpo fora sepultado no último abrigo
Servindo a perda para esta dorida canção,
Receba mestre estes versos do teu amigo,
Simples discípulo, admirador e irmão.
Jadson Simões