DOCE AMNÉSIA
Naquele tempo
Entardecia como voavam
As borboletas azuis...
E quando o zéfiro balançava
Os ramos dos guamerins,
Deixava cair aquelas frutinhas vermelhas
Que tingiam a boca das crianças e
E espargiam no ar
Um perfume adocicado
Que foi se esquecendo lentamente
Até perder-se no tempo.
E bendita seja essa perda de memória
Que bloqueia tantas coisas...
Liberando como lembranças
Apenas a brisa distante
Que já virou névoa mas que guarda ainda
O encanto das borboletas azuis.
JBMendes
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