Há palavras que me mordem o silêncio
em folhas de Outono em papel
rugas em veios cortantes
vínculos afastados do jardim
onde moram as flores quentes...
Fluem com o vento em danças audazes
quando a mão contente
as derrama num manto de libertação...
Depois chegam as pausas
no centro das reticências sem respiração
sangram as letras do alfabeto em braille
que o olhar penetra na clareira verde
em busca da infância num pensamento vivo
onde as emoções são o encanto dos cânticos
que os lábios mordem no silêncio de um agora tão meu...
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...