A voz interior acordou para uma nova esfera
Um recomeço de devaneios de uma longa espera
Ganhou o seu rumo e direção na encruzilhada
Da vida que nos une e nos separa
Hoje os espinhos se tornaram as rosas
De um olhar perdido em busca da luz
De hoje adiante cantarei as minhas prosas
E deixo para trás a madeira da minha cruz
Hoje serei a Mulher que guia a força contra o tempo
E o tempo que hoje nos dá razão
Deixo as palavras cortarem o vento
Penetrando todas as áreas do coração
As minhas mãos de águas bravias
Cheiram a lírios de cada manhã
A menina que antes fugia
Deixou o frio interior na cidade de Covilhã
A luta e o esforço ganharão através da vontade
De um labirinto que antes não se via
O silêncio faz a minha felicidade
Colocando esta paz que tanto eu queria
Silêncio… o grito ganhou as suas asas.