Lembro a sede do mundo
nos rios em vácuos
vales desfolhados
em almas desmedidas
não vislumbram o azul
pintado no alto dos sonhos
carregam nos bolsos
pedras e arame farpado
com sangue...ignorado!
Não conhecem o real mundo
onde os teus olhos inocentes
são o fogo ardente d'um peito quente
que me embala em melodias
na eternidade dos dias...
Em plena comunhão
sem palavras verbalizadas
a nossa odisseia perpetua
com a poesia que há em ti
onde o silêncio é eco
nas palavras escritas para ti...
Na raiz do meu cerne
que dedilha emoções
abro o meu colo em teu nome
rasgo a respiração em louvor
por te ter com o sangue a fluir em mim
num percurso iluminado
em suspiros sôfregos de mel
na gratidão de te ter vida no meu poema
e de ser vida com poesia na essência
das gotas do silêncio que resplandece no olhar!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...