Era uma vez
Uma pequena formiga perdida no meio da serra
Não sabia o que houvera
Mas todo o seu mundo se tornara num abismo de malvadez
Ela caminhava passo a passo
firme no seu traço
Levando nas suas costas
O peso deste e de outro mundo
Levando consigo o encargo do futuro imundo
Marchava e marchava
Alguns diriam mesmo que navegava
Não sabia o que carregava
Não sabia para onde viajava
Toc! toc! toc! faziam as suas pequenas pernas
O ritmo da jornada que a acompanhava
Poc! Poc! Poc! ouvia-se o chapinhar nas bermas
O acompanhamento da melodia que a transitava
Era uma vez
Uma pequena formiga que decidida se aventurava na guerra
Não entendia o que a seu redor acontecia
O importante era levar a sua porção à familia que acolhia
O importante era continuar o seu ciclo nesta curta vida em que dormia
Somos nós formigas que tentam sobreviver num rumo pré traçado de subsistência aos que nos rodeiam?
Não sei... Sei que continuarei a fazer uma simples coisa independentemente dos que me odeiam
Toc!Toc!Toc! farão os meus dedos enquanto alma em mim houver
Enquanto música no meu sangue correr
Poc!Poc!Poc! enquanto o corpo me permitir dançar
E da noite fria e ao mesmo tempo aconchegante deixar!.