Pensei que o mundo havia silenciado,
Afinal fui eu quem perdeu a audição.
O meu relógio está parado,
Assim como o meu tempo perdeu a razão.
Pensei que o mundo havia perdido a cor,
Afinal fui eu quem perdeu a visão.
Os sorrisos deram lugar à dor,
A indiferença abafou a paixão.
É tão grande o meu vazio,
E insignificante a minha existência,
Resta em mim o olhar distante e frio,
E a estúpida e disfarçada aparência.
Já não há nada de bom em que acredite,
Nada que ressuscite o meu coração,
Nada que me prenda para que aqui fique,
Partir parece-me a certa solução.
Assim, esta é a minha despedida,
Não irei arrependida de nada.
Parto como cheguei: “despida”!
E em breve nem serei lembrada!
(Vânia Brasil) 25/09/2013