Com a lucidez refletida no espelho
Revela-se o contrário da imagem do ser
Ativando o real pela imensidão do brilho
A vaidade que o presente te faz escurecer
Pois distante do teu verbo não tão sereno
Já me encontro surdo neste amanhecer
Quando os sonhos noturnos em engano
Divergiam com a intuição do meu viver
Uma porta aberta, uma face em desalinho
Por juras em colapso, desnudam a realidade
Tornando o resto, refém de uma falsidade.
Livre do fusco do olhar, pela estrada caminho
Minhas feridas já secas, cicatrizes em liberdade
Pelo reflexo invertido que nos restitui a identidade
Murilo Celani Servo