"A praça é do povo",
Já dizia o poeta.
Então vamos desafiar tanques
E leis marciais na Tianmen?
Exigir a volta dos parentes
Desaparecidos na de Maio?
Festejar a queda do muro
Na Potsdamer?
Lutar pelo fim da ditadura
Na Tahrir?
Exigir o fim do desemprego
Na Sintagma?
Enfrentar o primeiro-ministro
(Ou seria Grão-Vizir?) na Taksim?
Lutar contra o aumento
Da passagem de ônibus na da Sé,
Na Sinimbu ou na Cívica?
A praça é do povo
Que não quer mais
Só alimentar os pombos
Ou assistir a bandinha no Coreto.
(Danclads Lins de Andrade).