Poemas : 

“de trulla cementarii”

 
“ De tubas ao clangor, às badaladas,
Com sinais de castelos, de tambores,
Com artes novas ou entre nós usadas:

Não vi mover peões, nem corredores,
Nem baixéis, que regula a terra ou estrela,
De igual clarim aos sons atroadores.”

A Divina Comédia - Inferno - canto xxii
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“de trulla cementarii”


Retumbam tambores marcando cadencia de passos
mirados fitos das janelas dos palácios garbosos,
comboiados dos postigos das caleches e seges,
Sabres ao sol, sob a luz troando sons de bocas .

À luz das estrelas contíguas confinados talismãs,
gráficos jugulados em garrafas, ardendo os círios,
o sabor do absinto, o viço da madrugada nômade,
entre madres e meretrizes virgens despudoradas.

Exortados utentes a desservir o mundo com amor
mesmo quando bela prometida estava sendo infiel
brotando de caprichos útero nubente, fios de aço.

Renque de pilhas sibilando em arco voltaico ocluso
em gumes de gusa alcalino, ocluso, empalado e cru;
estaca, nem argêntea bala reapruma poste adernado








 
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shen.noshsaum
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/09/2013 09:57  Atualizado: 22/09/2013 09:58
 Re: “de trulla cementarii”
desde já peço perdão por esta opinião mas este poema parece-me o ezra pound e a loucura. bem, a bola onde vivemos anda superlotada de tudo e sem-sabor nalguns pontos do inverno mas... agora já não se diz meretriz. e o titulo, parece saído de um ébano. é uma opinião, com todo o respeito