A sua voz soa como um toque de seda,
O seu respiro afaga-me o rosto como veludo,
O seu toque serve bem para acalmar o meu espírito,
O seu olhar é prateado, tal como a lua cheia,
Eu sinto os seus dentes colmilhos a furar a minha veia,
O veneno entra no meu corpo, e o meu sangue gela,
A vida passa pelos meus olhos como a geada pela janela,
Agora já sei que vou morrer, e sinto tanta pena,
Das experiencias que nunca passaram por mim, nenhuma cena,
Enquanto o meu corpo morre, a minha alma canta,
O meu espírito rasga-se de dentro, e se levanta,
O corpo que tu comes é só já carne, já não sou eu,
A minha alma agora é tudo o que é meu,
Não preciso mais de nada daquilo que eu já tive,
A morte só vem uma vez, mas o espírito fica livre.