Braços em volta de meu pescoço,
os seios franqueados, um colosso!
Tanto desejo tomou conta de nós,
naqueles momentos então a sós.
Tu tanto fragilizada pelo prazer,
cedendo aos desejos, a tremer;
abrindo o meu ziper, a tua mão
liberta um prisioneiro da tesão.
Ante alegria estampada no teu rosto,
o gladiador descoberto, todo exposto,
como lança em riste, começa a avançar
rumos aos vales úmidos, para desbravar.
Num repente, nega fogo a espingarda
rápido, após , emudece a bombarda.
Já se vê que na frente da mansarda
um vulto, movimento, alguém de farda!
Logo ouço tua voz meio que apavorada,
água fria na fervura, eu que me arda:
- “Olha lá o guarda! Guarda, meu amor!”
Restou só a frase gritada, quase um pavor.