Rondel : 

EMBARGOS INFRINGENTES.

 

Não me servem de nada estas muletas,
Se antes amputastes os meus punhos,
Me tirastes da vida os bons preceitos,
Agora tenho o descaso em testemunho.

Quando as leis fazem as suas piruetas,
Ao condenado cabe da pena o rascunho,
Não me serve de nada estas muletas,
Se antes amputastes os meus punhos.

Se no “STF”não pode haver mutretas,
E as legítimas manobras eu suponho,
Aceitaram os embargos infringentes,
Dando aos réus a conquista da faceta,
Não me serve de nada estas muletas.



Miguel Jacó

 
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Migueljaco
 
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 19/09/2013 03:49  Atualizado: 19/09/2013 03:49
Membro de honra
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Localidade: Pouso Alegre - MG
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 Re: EMBARGOS INFRINGENTES.
parecem tres pernas... mesmo depois
de cortadas (duas). parabéns. bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/09/2013 11:16  Atualizado: 19/09/2013 11:16
 Re: EMBARGOS INFRINGENTES.
ÒTIMO! Miguel, deveria ser lido por todos a queles farsantes,
que vão de encontro a fatos verdadeiros e a vontade do povo
alimentando a impunidade e dando mais razões para a enorme
quantidade de crimes que vem ocorrendo.
ESSE SEU POEMA DEVERIA SER PENDURADO NA PORTA DO STF.
abs.

Enviado por Tópico
acalenta
Publicado: 19/09/2013 12:59  Atualizado: 19/09/2013 12:59
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 Re: EMBARGOS INFRINGENTES.
Maravilhoso Rondem meu amigo Miguel,parabéns
abraço
acalenta

Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 19/09/2013 19:25  Atualizado: 19/09/2013 19:25
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 Re: EMBARGOS INFRINGENTES.
Muito bom, Miguel!
O poema tira mascaras
e retrata a dor do povo
que vê a justiça
ferida de morte
por não ser igual para todos.
Abraço.