"... chaminés das locomotivas,
tão insensíveis e ilusórias,
são paradigmas inaceitáveis..."
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Reflexos imaginários de dilemas inexoráveis
Quero me ver num espelho,
nele abrigar minha imagem
em reflexos virtuais
incidentes num plano côncavo.
Da noite vejo o orvalho
e as chaminés das locomotivas,
tão insensíveis e ilusórias,
são paradigmas inaceitáveis.
Enviesados índices,
fumaça negra e aljôfar
sequer refletem imagens,
quanto produzem elucubrações.
Um implacável encontro com a realidade
já meditada ante a própria figura,
ponto de vista real, a referência,
imaginário reflexo codificado.
Conjecturas quantas mais,
repercussoras de dilemas,
ecos monótonos, repetitivos,
inexoráveis conflitos, tantos e reais.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."