Bolinha de gude pra mim, birosca éh. Cuitin é o piquitito o do mei é o cuite e o grandão é o coião Eu mandava na minha rua na de baxo e na de cima e em todo quarterão inté us duzoito ano de idade essa foi minha mió diversão
Andava cum borso chei dispencano das duas mão Juntei na cumbuca no saco e garrafão de sócio cum Marcin juntano num latão. Branquinha, virdinha, azulinha, pritinha, riscadinha, café–cum–leite e turtinha, isfera e quebradinha era munta emoção.
Jugava na barca, loks, paredão e carrerão de perto era no muque já longe puxava no lape e num errava mémo não ainda hoje carrego calo nus dedo nus dedo das mão.
- Vires... - Pó virá? ...“Tec” - Têquei! (...) - vô inchê as mão. - Dêxei uma casada lá. - Agora é sua veiz! (...) - Vô rapá tudo. - Requéres... - Vô jugá traveiz purquê ocê entrô na frente! - De revestreiz vale, de tabela? - Peraí... peraí veíaco... Tá iscorreno lá ó! - Ah lá, viu? - Tecô meu fiii - criscô de finin nela! - Agora quem joga no ponto primêro é ocê. - Huuum... Ocê parô incima da risca, hein?! - Éh... Mais, e se eu tirá a sua - buneco !? - Vô tentá.
- (Posso brincá tamém?) - Não!!!
- Purquê? - Purque é a ganho meu fio, num é a brinca não!
- Impresta duas intão. - Eu não - ocê num paga!
- Intão vô sapiá... cabô a brincadêra. – (passô o pé na barca)
- Tô nem aí, tô ganhano mémo. - Se eu tivesse perdeno eu num aceitava mémo... quiria ver!? - Carqué coisa eu cumia ocê na pedra.
- Intão joga intão joga - joga proce vê... (partiu pra cima) - Vem cá uê, corre não valentão.
No meu tempo, quando iamos chogar bolinha de gude, ou era birosca, triangulo ou boque, Hoje já são novos tempos. Maravilhosos tempos que não voltam mais