Mentes adormecidas.
Dormentes estão os meus dedos, suados, relutantes em escrever o que realmente sinto... Será que eu mesma sei do que me vai à alma, tanta coisa que o meu coração bate compassadamente, onde eu permaneço muda e calada...
Escuto o som da musica, acariciando os meus sentimentos à medida que ela me acalma, converte e me deixa mais um pouco mais positiva pela vida que vivemos aqui.
Tudo é tão confuso, dolorido, cheio de revolta, com a maldade desperta nos corações dos que apenas deveriam só amar e não o conseguem... Porque é mais fácil o desamor? Alguém pode me dizer? Magoar o outro, maltratar o seu próprio espírito e enganar-se a si mesmo!
Que mundo é este e que energia é esta que circula por aqui, quando deveríamos estar numa energia profunda de amor... Jesus nos ensinou o amor, derramou amor por onde passasse, os incrédulos o seguiram, os errados se retificaram e os cegos desmitificaram os seus medos...
É como se a humanidade caminhasse por um grande precipício em gigantescos erros empurrando todas as leis naturais... E nós as peças chaves do imenso xadrez mal sabemos dar o nosso próximo passo...
As Mentes poluídas, já nascem iludidas pelo materialismo, dizem que o dinheiro traz felicidade e trás o conforto, mas e nós quem somos por aqui, pois nós um dia nada dele levaremos daqui... Porque será que estamos aqui? O que nós fazemos por aqui? Eu só sei que nada sei, gostaria de saber, gostaria de nãos sentir o que sente o coração, o desgosto de tanta maldade e impunidade e os homens já não temem a lei de Deus quanto mais as dos homens?
Meus dedos estão dormentes e minha mente adormecida, olhando para o meu borbulhar da vida lá fora e me sinto uma peça fora do tabuleiro, mas eu não me sinto daqui, nada me liga aqui a este corpo estranho que eu trago como minha veste, só me atrapalha, deixa-se sujar pelas impurezas dificultando as minhas tarefas e lá vou eu a continuar a viver.... Tentando sempre me entender...
E os belos cantos das aves me trazem de volta, enchendo o meu coração de amor, olhando para o maravilhoso desabrochar das flores, vendo a vida a nascer a cada minuto sem se perguntar “O Porquê” ela lá quer saber apenas ela executa a vontade do Criador...
Eu continuo teimosa, querendo saber “os porquês das coisas” Deus ensinando-me a ter paciência e prudência que tudo acontece na hora certa, mas eu tenho pressa de “o saber”...
Assim numa espiral de pequenos problemas eu lá vou vivendo, aprendendo a os resolver, engolindo os sapos da vida, mas o fato é que eu estou a crescer e numa breve eternidade, talvez, eu venha “o entender”...
Mergulhei no mais profundo silencio, desatei alguns dos nós que me sufocavam no mais profundo da minha alma, caminhei entre os meus medos, os meus vazios, sempre procurando o meu caminho, mas sempre me questionando...
Deparei-me em frente de um imponente espelho e aquela ali era apenas eu! Ali, aquela era só eu e o meu Criador, logo me deparei a pensar, caramba ele pisou na bola, poderia me fazer bem mais bonitinha, com outro aspecto... Olhando mais profundamente me deparei que isso era desnecessário, pois todos nos envelhecemos e a beleza externa entra em decadência e o que nos sobra é apenas a beleza interna...
A beleza que encanta a quem está do nosso lado que nos faz sempre sentir muito jovens e muito bem resolvidos, vivenciando as novas experiências, passando os nossos testemunhos de vida e tudo se torna uma encantadora historia da nossa vida. Que marcam todos aqueles momentos que nos afagam a alma de ternura e cumplicidade...
E pensando que podemos nos transformar e modificar, que somos seres evolutivos e muito ávidos de aprendizagem e que sejamos capazes de transformar as nossas atribulações em provas resolvidas com amor e muita resignação, porque no final das contas é o que vimos aqui fazer... Viver, resolver, aprender, crescer e amar incondicionalmente...
Mantém a tua mente limpa de impurezas e maus pensamentos, vigia-a constantemente e a exercita com a beleza que a vida te dá gratuitamente sendo sempre humilde e seja muito grato pelo que te é dado a vivenciar por aqui...
Paz profunda!
Betimartins - Poesias
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