Nesta noite, lua prateada, intrépida
Sento-me na lembrança de sentidos insólitos
Já perdidos. Meu coração em vão
Procura sentidos novos para tua imagem
De milênios.
Não acalentas mais os beijos dos namorados
Estão nos motéis e nas penumbras das cidades.
Lembras das noites de esconde-esconde,amarelinhas,
Homem virando lobisomem e tu majestosa, cheia
Passeando nos cabelos da mãe d'agua?
Aqui ficas presa no céu estrelado, sem serventia
Mercadoria de xamãs capitalistas.
Venha sentar na minha janela, venha me dar as mãos
Vamos dividir a solidão de estar fora dos sentidos
Esta maldição de bruxas petrificadas,
Sina pesada sem descontínuos