Caminhando, lado a lado, co mi princesa,
Mantendo o prumo d´spada, bem acesa,
Pego seu corcel alado e vou pelos céus,
Descortinando e desviando dalguns véus.
Em baixo, àquela que outrora foi duquesa,
Mostro a plebe, sem saber, se sua mesa,
Vai ficar composta à noite, ou o escarcéu
Dos pirralhos, com fome, gemido ofereceu.
Mi princesa, ao saber disso, do seu corcel,
Branco como não havia igual, aqui descer
Logo quis, e, gritando ao povo, pão e mel,
A todos ofertou. Satisfeita já, pelo sorriso,
Que nas crianças, de pronto viu nascer,
Ao corcel voltou, beijei-a no ponto preciso.
Jorge Humberto
17/12/07