O TEMPO E EU
Paulo Gondim
12/09/2013
Tentei ser eu mesmo
Na dúvida, esperei
O tempo passou lentamente
O tempo sempre se faz indiferente
Mas passa, independentemente
De minha vontade
De qualquer vaidade
O tempo passa
E como o tempo, as pessoas
Fechadas, ocupadas
Também indiferentes
E o que me resta?
Involuntariamente
De certa forma, ausente
Na minha procura
Do que sou e o que represento
Nesse palco torto
Num final de cena
No apagar das luzes
A vida segue
Ah, a vida exigente
De forma até inconsequente
Me bate à porta
Me pede sala
Diz que quer ficar
Nem sei o que é vida
Se Já se faz esquecida
Nem sei se vida ainda há...
Sei da solidão, no peito o nó
Nessa canção em dó
De pobre rima
De falsa estima
Cá, eu, mais uma vez, só...
Paulo Gondim