Fiz mais um poema
espero que não esteja ele escrito
com o mesmo sangue vindo daquela velha ferida
já em risco de gangrena..
Dias e dias sempre a utilizar
sangue meu escrito mas com vontade de para sempre me calar
mas meus cortes são abundantes
falando demais na vida
e tornando meus poemas verdadeiramente decepcionantes..
E palavra atrás palavra
vou tentando fechar essa enorme ferida
esperando que ela não mais se abra
e creio não vir a ter muita sorte
pois a cima dessa velha ferida tenho
em meu corpo imprimido um maldito poema como garrote..
Por isso,sangrarei tudo que por ventura ainda tiver,pois dessa minha ferida já com cheiro nauseabundo,sairá o meu já pouco sangue num corpo de poeta moribundo,menos minha negra alma,essa mesmo não dá para ler,terias que ter muita,mas muita calma,e a alma de um poeta não se escreve assim,é antes um forte veneno que todo o leitor bebe ao ao ler num poema seu fim...