Dia de verâo.
No Céu não havia nuvens
E o seu azul me convidava
A fazer uma balada, porque não?
Na minha bicicleta
Pedalei pelos caminhos,
Por belas veredas pedalava e sentia
O cheirinho a alfazema
Por vezes a rosmaninho..
Cansado, parei para descansar.
Sentado, admirava o prado
E de repente os meus olhos
Viram aquela bela bebendo
Para se refrescar do calor.
Levantei-me, fui na sua direcção.
Não sei porquê, batia meu coração
Como quando ele batia de amor.
Quanto mais me aproximava
E mais perto dela eu estava
Mais eu a admirava.
Só de ver sua beleza
Eu vimha ficando louco!
Aproximei-me, acariciei-a
E ela sobre a erva se deixou cair.
No chão, olhando para mim
Com olhos afogueados,
Labios serrados, tentava abrir a boca.
Pobrezinha!... a vaca estava louca!
A. da fonseca