Meu pai
Face dura e embrutecida,
que me causava terror,
tu eras um homem sofrido
Pela vida, que o maltratou.
Eras um homem hóstil,
encerrado na sua ignorância,
suas neurose a atormentava,
trazida da sua infância.
Sinto falta do seu abraço,
do seu carinho e da sua proteção,
nunca o vi sorrir,
consumido pelo silêncio e pela solidão.
Homem triste e solitário
Era o retrato da amargura
porém, nunca contou
quem tanto o torturou
A sua intolerância
arranhou a nossa convivência,
porém, mesmo depois de morto,
sempre será, o meu pai querido!
Valentina Luzia de Jesus