Desculpa se te olho intensamente,
se fixo o meu olhar desta maneira,
(não é por desrespeito ou brincadeira),
se fico hipnotizado de repente.
Desculpa se eu tento decorar
os traços do teu corpo, do teu rosto,
por forma a mitigar este desgosto
que sinto quando parto, até voltar.
Desculpa se açambarco o que vejo,
tentando alimentar este desejo,
deitando assim mais lenha na fogueira
que arde e não só dentro do meu peito.
Consome tudo, a torto e a direito,
por mais que diga não ou que não queira.