Alvorada,
manhã cedo,
a penumbra é ainda ...
Minh'Alma desarvorada
permanece entristecida
em oração que não finda.
E eis o Sol num intimo romper d'alva
prostrado no alvor do firmamento!
Foram dias, foram noites,
tantas coisas que passaram ...
Foram choros, foram rezas,
tantas gentes que gritaram ...
E a vida é esta,
a Alma é minha,
poeta em agonia!
Ricardo Louro
em Évora
Ricardo Maria Louro