Muitas vezes me pego a pensar, meditando sobre as características do que eu era, e concomitantemente traço as linhas do que serei. O exercício do raciocínio livre, desprendido, sem necessidade ou praticidade alguma ao par, leva a uma reflexão mais profunda sobre o ser e o existir.
É como se vivesse em constante ato de amor, e nos intervalos dele escrevesse, é assim a minha existência. Depois de tudo ocorrido, do prazer sentido, vou colocar os frutos do meu viver; é para isto que serve o meu escrever.
Ao terminar de colher o fruto cabe-me ler e meditar, é apreciar o fruto da colheita, e este ato solitário me permite crescer, evoluir e caminhar na estrada que me leva à felicidade.
Valorizo os estados de espírito, as emoções, e as conclusões lógicas tem uma pitada de emoção e um tempero de realidade em uma substância que é puro sonho.
Destes momentos traço as linhas futuras do meu seguir, seja escrevendo, talvez melhor fosse dizer: vivendo.
Não preciso de muito, meu material é uma caneta, um papel e uma alma solitária que almeja caminhar rumo à eternidade.
Muitas vezes me pergunto como?
Está no meu escrever, no meu meditar, a solução para esta pergunta; afinal, procuro a consciência do ato, para ter uma forma livre de exercer o meu livre arbítrio.