Olhos esses que ainda
Ao dia de hoje não sei de que cor são
O brilho que eles transmitem
Confortam o meu peito rasgado e abandonado
Poeta triste,
Oh, triste poeta
A sinceridade da tua alma perdida
Faz querer-me orientar-te,
Orientar o teu coração ao meu
Demonstrar nestas minhas palavras
O que sinto por ti
Passeio pelas vielas estreitas e frias
Maldito frio de Lisboa
Limitas a decadência
Do meu ser
A nova e maravilhosa
Que és tu, musa dos meus sonhos,
Das minhas novas letras
Da minha quase renovada vida
Espero corresponder e ser correspondido
Ao sorriso que esboças
Morro de saudade
Não consigo mais estar longe de ti
Tudo o que és
Espero recordar um dia
E pintar numa tela
Este amor que sinto por ti
Este nome elegante que te deu existência
És uma natureza frágil
Onde aos poucos
Aprendo a gostar, a apreciar
Mesmo a amar
Não quero ter medo
Medo de voltar a amar
Não se escolhe estes sentimentos
Porém sentimo-lo!
Ter coragem de te olhar nos olhos
Coragem de tocar na tua mão
E dizer do fundo da minha nobre essência
“Fazes-me feliz!”
O meu verdadeiro receio
Será a tua humilde reação
Pois, irá responder a todos os meus medos
De uma vida nada apaziguadora
Apesar de receios e medos
Quando escrevo para ti
Minha querida
Todo este Mundo cruel é insignificante
O amor por ti
Pinta a pincel o nosso Mundo
O Mundo que quero viver contigo
Dou por mim a ouvir as ondas do mar
Arrebentam calmamente
Nos pés deste, eu
Que espera pela tua chegada
É meu desejo
Que as nossas almas
Se apaixonem
Se unem através dos nossos lábios
E amarmos
Um outro pôr-do-sol
Bruno Miguel Inácio