A poesia que habita a minha lira é tão
tua quanto bela, e este amor que por ti
nutro, é paixão, afeição, ternura...
As canções, as mais belas rimas que fiz,
foram por esta profusão fecunda que em
mim tu principias.
Em alfa e ômega eu cultivo esta força que
vem de dentro em forma de lava tenaz que
move os meus instintos todos;
Em teu amplexo ditoso és o astro mais
fulgurante deste meu globo, és transformação
de têmpera crua.
Neste alto plano em que te coloco, eu planto
e frutifico em tua várzea tranqüila, pois que
em minha esfera onírica, por ti garbosamente
colorida eu deposito minhas quimeras, eu colho
flores benéficas, eu toco raríssimas pétalas.
Ao teu lado este mundo vil resume-se arco-íris,
jasmim, primavera!...
Cacau Loureiro