Lusitanum
Primeiro, os celtiberos
Há milhares de anos o Sapiens Austral
Necessitou de procurar terras a norte
A necessidade de carne animal
Era demasiado forte…
Na terra de Afrodite a competição
Eram leões gigantes e feras mais capazes,
E estes símios com orientação
Eram somente bons rapazes!
Algures nestas terras haviam os Iberos
Que corriam pelos campos velozes
Eram cadavéricos sinceros
Que recolhiam de tudo, das raízes às nozes…
Nos mares do norte, por obra do acaso
Havia um povo que se dedicava à caça e à magia
Os celtas, sem sombra de atraso
Viviam o dia-a-dia…
Uns subindo, outros descendo
Acharam um território que parecia o paraíso,
A relação destes dois bandos de incongruendos
Era confusa, sem juízo!!!
Ora guerreavam entre si,
Ora se amavam,
Com doçura de colibri
Se odiavam…
O cruzamento deu um colectivo
Meio mágico, meio selvagem
Animal e emotivo
Sonhando sem paragem…
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.