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Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.
uma vez que morremos sobre a tela pintada da aurora
e assim
encurtamos as razões dentro da nossa própria vontade
não a de deus nem a da mãe ou a do pai
porque traímos a vista para o mar
mas sim a do filho que encolhe os ombros ao senhor percursor
feito homem
e deste homem agora suspenso na palavra saltam lágrimas para que as possas apanhar no teu colo
não ventre,
colo com as tuas mãos de madelena
nada mais natural
do que um gatilho à porta da sombra
varrendo de leve as mortes que levaram o mar
para depois cair no sossego da verdade quente de um buraco na fronte
e deixar que os carrascos levem os teus velhos pais
os que te abandonaram quando eras novo
muito novo ainda
mal sabias falar
os homens são assim, larvas e serpentes , os homens não têm medo de morrer
deste lado do gatilho
o casaco que te deram fez bem à pele
as mulheres saborearam o teu casaco
umas com mais dor do que outras
ambas com as mesmas cócegas nas costas
e deste lado do gatilho o homem pede misericórdia
para as mentiras que porventura virão
comendo a língua e os dentes
e deste lado do gatilho
o vento de fogo lento pelas costas arde
no buraco que ficou na fronte