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TEOREMA
Deixas palavras cair a meio
e olhares espatifarem no chão.
As sedas da hora enterram mais um punhal
e tudo deixa ser as coisas que são .
O mundo possui em ti
o que não cabe nos teus seios,
o que as fibras do vento
quase colheu no teu colchão.
E enquanto segues ferida, descobrindo vales e brisa,
inventando o final dos cabelos,
alguém te pressente,
desenhando pela boca todos os teus pelos.
E você, logo você que sempre quis,
deita em tua própria sombra
para se desenredar do fardo
de ser apenas feliz.
Karla Bardanza
Copyright © 2013 Karla Bardanza