Poemas : 

Morre... Nos braços de ninguém

 
Mata-me esta noite
Devora o meu corpo emunde
Espalha os restos mortais
Pelos ventos nórdicos

Vivi uma vida
Pensando que era teu
Enganei-me...
Virei de esquina

Os espelhos partidos
Ficaram por baixo
Deste cadáver frio
Frio, sem uma despedida tua

Em momentos que vivemos
Fizeste-me recuar
Lembrar tempos felizes
Feliz, morri

Oh, poeta...
Morrer pela quase que mais amas
A mulher que te fez agarrar a vida,
Em vida

Agora não passas
De um corpo sujeito
Às vicissitudes de outros
Que nunca te quiseram bem

Morre...
Poeta que nunca sonhou em sê-lo


Bruno Miguel Inácio


 
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brunomi
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