sou uma nuvem grávida
empurrada pelo vento
mas que prefere ficar
condensando no frio
para inchar-me
cada vez mais
nada ver seguir pra morte
num campo quente
de horizontes poentes
que sempre engolem nuvens
soluçando trovão distante
não quero partir
pra desaguar tudo que carrego...
[tudo que deixastes é o que me reveste]
...se nos meus desmanches,
também pereces.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
