As mãos deslizam sobre o papel,
Inventando palavras de amor,
Das mãos, surge arte com o cinzel,
São como afagos feitos com ardor.
Mãos afagam delicadas flores,
São carinhosas ou agressivas,
Seguram nos abraços os amores,
São rugosas as mãos e sofridas.
Podem as mãos calar uma vida
Na inconsciente perda da razão
Mãos comovem-se na despedida,
Poemas que das mãos são palavras
Quando ditadas pelo coração...
As mãos, essas amigas caladas!
José Carlos Moutinho