As feras perdidas do Oriente
Saltam pelos riachos e rias
De uma Natureza a contemplar
Os horizontes singelos e frios
Salientam as margens
De uma louca cascata
Que abunda ferozmente na luz celeste
Das águas silenciosas e troantes
Um raio cai a Sul de uma clareira
O monstro da noite reergue-se
Das profundezas de uma galáxia gélida
Que enfrenta os poderes
De defesa deste novo Mundo
Tudo nasce, tudo cresce e tudo morre
É a lei deste Mundo novo
O tempo custa a passar
E as nossas feras outrora
Tombam nos corpos dos seus antepassados
Porem encontram refúgio no leito do rio
Todas estas horas passadas houve um silêncio
Um silêncio recompensado pelas memórias rasgadas
Bruno Miguel Inácio