Tão tenro o amor que desabrocha
Tão profundo arrebata o peito d'eu
Da boca o desejo se joga
Da sua resposta, a lápide com o nome meu
Devaneios e sonhos da noite de outrora
Chorarão na escuridão do meu ser
Basta dizer-lhe , com minh’alma
Que sucumbirei sem o seu prazer
A matina traz esperança ao meu corpo
A cabeça torpor a coragem
Se já sei o fim – meu ópio solitário
Por que me dói tanto a passagem?
Se me alimento da quase litúrgica espera
Cavo dias, meses e novas eras
A dúvida impiedosa carrasca
Sobreviverá em meu rosto como máscara mortuária
E assim, sonora e fria,
Não desejo que termine o dia
Sabendo que há o nosso amor.
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Escrito em 28/08/2013 as 08:10
Karoline Elis Lopes