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Meu deus, meu tudo.
Não me deixes cair em tentação.
Não me deixes caído no chão
depois do pecado consumado.
Vou ao teu reino
pela via da minha vontade.
Paz na Terra aos homens
de boa vontade,
de vontade de amor.
Deus,
poderoso deus em mim.
Deus do meu dedo em riste
apontando a lua,
estrelas
ou qualquer outra coisa
celestial
como eu deus.
Deus em mim todo.
Deus em mil pedaços de mim,
misturado aos entulhos
e cacos dos meus desejos
da carne.
Deus encarcerado em corpo
e credo do corpo.
Credo em cruz,
o cristo é um corpo.
Eu sou um corpo.
Meu divino corpo.
Minha divina matéria,
podre, casta,
bela.
É aqui que o deus vem,
só nessa dimensão.
Meu corpo, nada oco,
não ultrapassa o invisível
e nem vê o infinito.
Só se chega ao cristo concreto
de matéria, coisa real.
O cristo é como se é visto
subindo e descendo o céu.
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